Reportagem exibida pelo Fantástico

 

Dois casos que evidenciam o racismo e a intolerância estruturais presentes na sociedade brasileira ganharam as manchetes recentemente.

 

No Rio de Janeiro/RJ, o porteiro Reginaldo Silva de Lima, que trabalha há 4 anos em um prédio de Copacabana, denunciou, na segunda-feira (4/7), ter sido chamado de "macaco" por um morador francês, identificado como Gilles David Teboul. O caso foi registrado como injúria e ameaça na 12ª DP do Rio de Janeiro.

 

A juíza Maria Izabel Pena Pieranti, do plantão judicial do Tribunal de Justiça do Rio, determinou a proibição de Gilles de se aproximar de Reginaldo, de deixar o território brasileiro e ainda que ele entregue o passaporte à delegada titular da 12ª DP (Copacabana).

 

A distrital investiga o estrangeiro pelos crimes de ameaça, lesão corporal e injúria racial por ele ter supostamente chamado o funcionário do prédio, na Zona Sul do Rio, de “preto, fedorento e macaco”.

 

Além das ofensas verbais, Reginaldo também acabou sendo agredido fisicamente. Nas imagens as câmeras de segurança flagraram o momento da agressão.

 


Reportagem do G1 e TV Bahia

 

Em Salvador/BA, no dia 15/07, o porteiro de um prédio residencial foi agredido por um morador do edifício vizinho. Imagens de segurança do prédio flagraram o momento em que o suspeito pula o portão do condomínio, quebra a porta da guarita e desfere diversos socos no porteiro. O motivo da violência seria a recusa do porteiro em passar o contato do síndico para o agressor, que estaria reclamando do barulho no condomínio.

 

O caso é investigado pela Polícia Civil de Salvador. Um boletim de ocorrência foi registrado na 09ª Delegacia de Polícia Territorial da Boca do Rio e até o presente momento o suspeito não foi detido.

 

Repudiamos veementemente esses atos covardes realizados contra trabalhadores da nossa categoria, que no exercício de suas funções foram agredidos física e moralmente. Atitudes como essas não têm lugar na sociedade em nenhum lugar do mundo.

 

É preciso combater diariamente, de forma enfática, o racismo e a intolerância estruturais em todos os aspectos. Esta é uma das principais bandeiras do SEECETHAR, que além de lutar pela defesa dos direitos e interesses da categoria, busca construir uma sociedade mais justa e com oportunidades para todos.

 

Esperamos a correta apuração dos casos e a devida punição dos agressores, na forma da Lei.