Pesquisa realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) mostra que o aumento salarial da categoria ficou 0,94% acima da inflação
A pesquisa "Salariômetro", divulgada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), revelou que os Trabalhadores em Edifícios e Condomínios ficaram entre as categorias que tiveram aumento salarial acima da inflação no Brasil, em 2018.
De acordo com a pesquisa, o ganho real da categoria foi de 0,94%, o que a coloca entre as 10 primeiras da lista. A análise tomou como base o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que é o índice de referência para a correção de salários.
A pesquisa revela ainda que 80,1% de todos os reajustes salariais realizados em 2018 foram corrigidos acima da inflação. Em 11,2% das negociações, o reajuste foi igual ao INPC, e 8,7% resultaram num reajuste salarial abaixo do índice.
De acordo com o presidente do SEECETHAR, Valdenir Ferreira da Silva, o resultado alcançado se deve, principalmente, à luta do sindicato, que usou todos os recursos possíveis para garantir aos trabalhadores as melhores condições salariais na negociação coletiva de 2018.
Outro dado apurado pela pesquisa aponta que o reajuste mediano nominal foi de 3% em 2018, com piso salarial médio de R$ 1.241. Já os Empregados em Edifícios e Condomínios tiveram reajuste de 4,15%, com piso salarial de R$ 1.526,25, ou seja, superior à média nacional em R$ 285,25.
O levantamento da FIPE identificou também 55 acordos no ano com redução de jornada e salário, reflexo da reforma trabalhista que entrou em vigor em novembro de 2017.
"São dados que comprovam que estar ao lado do sindicato continua sendo a melhor forma de o trabalhador lutar por melhores salários e benefícios e estar amparado contra os retrocessos da reforma trabalhista", conclui Valdenir.
Veja categorias com aumento salarial acima da inflação (Fonte: FIPE):
- Feiras, eventos e divulgações: 2,94%
- Indústria de joalheria: 1,8%
- Bancos e serviços financeiros: 1,31%
- Administração pública: 1,26%
- Distribuição cinematográfica: 1,14
- Construção Civil: 1,03%
- Indústria metalúrgica: 1%
- Publicidade e propaganda: 1%
- Condomínios e edifícios: 0,94%
- Hospitais e serviços de saúde: 0,94%
- Bares, restaurantes, hotéis e turismo: 0,94%
- Limpeza urbana, asseio e conservação: 0,94%
- Radiodifusão e televisão: 0,94%
- Venda, compra, locação e administração de imóveis: 0,88
- Energia elétrica / Utilidade pública: 0,87%
- Organizações não governamentais: 0,83%
- Vigilância e segurança privada: 0,74%
- Artefatos de borracha: 0,74%
- Comércio atacadista e varejista: 0,69%
- Educação, ensino e formação profissional: 0,69%
- Agricultura, pecuária, serviços agropecuários e pesca: 0,69%
- Serviços a terceiros e fornecimento de mão-de-obra: 0,54%
- Indústria cinematográfica e fotografia: 0,52%
- Assessoria, consultoria e contabilidade: 0,51%
- Transporte, armazenagem e comunicação: 0,51%
- Refeições coletivas: 0,51%
- Seguros privados: 0,48%
- Indústria do vidro: 0,44%
- Gráficas e editoras: 0,44%
- Indústrias de alimentos: 0,44%
- Indústria química, farmacêutica e de plásticos: 0,31%
- Comércio de derivados de petróleo: 0,31%
- Indústrias extrativas: 0,29%
- Estacionamentos / Garagens: 0,26%
- Cemitérios e agências funerárias: 0,26%
- Empresas jornalísticas: 0,25%
- Telecomunicações e tecnologia da informação: 0,23%
- Papel, papelão, celulose e embalagens: 0,23%
- Fiação e tecelagem: 0,19%
- Confecções / Vestuário: 0,14%
- Reparação de eletroeletrônicos: 0,01%
- Outras indústrias: 0,01%
- Despachantes e Autoescolas: 0%
- Agronegócio da cana: 0%
- Artefatos para pesca e esporte: 0%
- Extração e refino de petróleo: 0%
(Com informações do G1)